quarta-feira, 10 de agosto de 2011

GALVÃO NÃO É MAIS UM NARRADOR ESPORTIVO



Galvão não é um narrador esportivo. Galvão é um “animador esportivo”. Como assim?

A narração de partidas esportivas têm suas bases no rádio. Imagine descrever em tempo real para o ouvinte, que não está vendo nada, as equipes, os dribles e os passes emocionantes de um jogo de futebol que podia muitas vezes acabar em zero a zero!
Com o surgimento da tv, a vasta maioria dos profissionais veio do rádio mas, acabaram abandonando a emoção. Talvez achando que a empolgação do rádio não cabia neste veículo com imagens, foi adotado por muito tempo um estilo muitas vezes burocrático de narrar as partidas.
Alguns narradores chegaram a simplesmente descrever a trajetória da bola. Para fazer face às poucas manifestações de revolta ou emoção , foi criada a figura subordinada do comentarista esportivo que espremido entre um lance e outro tentava sintetizar ao máximo seu comentário.
No entanto, eis que surge Galvão Bueno rompendo com essa linha tênue entre narrador e comentarista. Entendendo ainda que a imagem não substitui a emoção, tornou-se com o aval do público e para irritação dos críticos, um animador de auditórios na forma de um narrador esportivo. Isso fica evidente em jogos decisivos onde observamos que o Galvão não faz narração...ele faz é uma dissertação. Ele fala do que a imagem não mostra, ou seja da emoção dos jogadores, dos resultados anteriores, daquele torcedor que levou uma faixa para aparecer na televisão.
Em oratória, essa habilidade do Galvão é chamada de fluência. O tempo flui e parece que cada a partida é única.
E os comentaristas, o que sobra para eles? É interessante, que com o Galvão eles ficam ainda mais à vontade. Não há a preocupação de interomper a locução da partida e esperar a hora para dar um pitaco. Há sim, na realidade uma “troca de figurinhas”, um “tricotar”, inclusive sem a hierarquização tão comum nas equipes esportivas.
Ele é muito criticado. Muitos acham absurdo seu estilo. Mas temos no nosso subconsciente coletivo muitas lembranças de partidas que só ficaram marcadas porque foram animadas por este artista esportivo.

Filma eu Galvão!

domingo, 7 de agosto de 2011

No meu tempo o domingo era um dia sagrado

Na minha terra o domingo era uma dia sagrado. O almoço de domingo também...
Em praticamente toda casa era dia de macarronada que a mãe da gente fazia com desvelo. Parece que ainda sinto o sabor e escuto todos em volta da mesa, conversando animadamente e pedindo que o outro passe o queijo ralado.
Esse quadro da tão sagrada família foi vituperado quando li que uma  dona de casa encontrou um preservativo na lata de extrato de tomate após servir o  almoço para sua família. Detalhe: ela narrou que ao retirar da lata o restante do  produto percebeu um pouco de mofo . Mexeu mais um pouco e encontrou o preservativo  enrolado no fundo da lata. Em seguida todos começaram a passar mal com náuses e vômitos.
Foi algo tão absurdo e constrangedor que três meses depois seu filho  mencionou o caso à mesa e sua filha novamente passou mal.
O fabricante ao ser procurado, ofereceu outra latinha do produto...Que absurdo!
Foi aberto um processo ,  a empresa  foi condenada a indenizar a dona de casa,  mas tenta  recorrer!
Existe alguma lógica nisto tudo? Fico imaginando... Como é que o preservativo foi parar naquela  lata de molho?  Ou melhor,  como foi colocado lá? Qualquer explicação, se algum dia surgir, só irá piorar essa sensação.
 No meu tempo o domingo era um dia sagrado. O almoço de domingo e a família também...